Tudo sobre a fibrose óssea
A fibrose óssea é uma condição que afeta a estrutura e a função dos ossos, geralmente associada a distúrbios hormonais, doenças metabólicas ou alterações no metabolismo do cálcio e fósforo. Embora seja menos conhecida do que outras doenças ósseas, como a osteoporose, pode ter impacto significativo na saúde óssea e na qualidade de vida.
Neste artigo, vamos explicar o que é a fibrose óssea, por que ela ocorre, como identificar os sintomas, quais exames ajudam no diagnóstico e quais são as opções de tratamento mais indicadas.
Continue a leitura para entender melhor essa condição e quando é hora de procurar ajuda especializada.
Entenda o que é a fibrose óssea e como ela afeta a saúde dos ossos
A fibrose óssea é uma alteração que ocorre quando
o tecido ósseo saudável vai sendo substituído, de forma gradual, por tecido fibroso – uma estrutura menos resistente e que não tem a mesma função de sustentação do osso original. Com o tempo, essa substituição pode deixar os ossos
mais frágeis, predispondo a deformidades, dor e fraturas.
Essa condição pode surgir de forma localizada, como na displasia fibrosa, ou atingir várias regiões do esqueleto, especialmente em casos relacionados a alterações hormonais, como o hiperparatireoidismo.
O que causa a fibrose óssea?
A fibrose óssea pode se manifestar por diferentes motivos, que variam conforme o
tipo da alteração e o histórico clínico de cada paciente. As principais causas incluem:
Distúrbios hormonais e metabólicos
Hiperparatireoidismo (primário ou secundário): Quando o paratormônio está em excesso, ele acelera a reabsorção do osso, favorecendo a substituição por tecido fibroso.
Doença renal crônica: Nesses casos, a fibrose óssea faz parte do quadro de osteodistrofia renal, comum em pacientes com função renal comprometida.
Condições genéticas ou do desenvolvimento
Displasia fibrosa (monostótica ou poliostótica): Alteração genética em que determinadas áreas do osso passam a se desenvolver com tecido fibroso desde a infância, podendo ou não causar sintomas.
Outras causas associadas
- Carência severa de vitamina D;
- Doenças genéticas raras;
- Tumores benignos do osso que contenham componentes fibrosos.
A fibrose óssea é mais comum em adultos com
doenças crônicas, mas também pode surgir em crianças, especialmente quando associada a alterações congênitas.
Quais são os sintomas da fibrose óssea?
Os sinais e sintomas da fibrose óssea dependem da
localização, extensão e gravidade da alteração. Muitas vezes, o problema é silencioso nas fases iniciais, sendo detectado apenas em exames de imagem.
Sintomas mais comuns incluem:
- Dor no osso afetado, que pode ser localizada ou mais difusa;
- Fraturas recorrentes, mesmo com traumas leves;
- Deformidades ósseas visíveis;
- Diminuição da estatura em casos avançados;
- Dificuldade para caminhar ou realizar tarefas do dia a dia.
Em quadros como a displasia fibrosa, pode haver apenas uma deformidade óssea, sem dor, especialmente quando o quadro é estável.
Como a fibrose óssea é diagnosticada?
O diagnóstico da fibrose óssea é feito com base na avaliação clínica, em exames laboratoriais e em métodos de imagem. Em determinadas situações, é necessário realizar uma biópsia óssea para confirmar o diagnóstico.
Exames que ajudam na investigação:
Radiografias: Evidenciam áreas com rarefação óssea ou deformidade;
Ressonância magnética ou tomografia: Mostram com mais precisão a extensão e a densidade do tecido afetado;
Exames laboratoriais: Avaliam cálcio, fósforo, paratormônio (PTH) e função renal;
Cintilografia óssea: Pode indicar regiões com atividade alterada;
Biópsia do osso: Indicada quando há dúvida diagnóstica ou suspeita de alterações mais complexas.
Detectar a fibrose óssea precocemente permite evitar complicações e direcionar o tratamento com mais precisão.
Quais os tipos mais comuns de fibrose óssea?
A fibrose óssea pode se apresentar de diferentes formas, sendo classificada de acordo com sua origem e características clínicas. Sendo as classificações mais frequentes:
- Displasia fibrosa monostótica
Atinge apenas um osso e geralmente evolui de forma lenta;
2. Displasia fibrosa poliostótica
Afeta diversos ossos do corpo e pode causar deformações e sintomas funcionais;
3. Fibrose associada ao hiperparatireoidismo
Costuma ser mais extensa, com impacto metabólico importante, visível em exames laboratoriais.
Cada tipo demanda uma abordagem diferente, considerando não apenas o osso envolvido, mas também a condição de saúde geral do paciente.
Tratamento: O que pode ser feito?
O tratamento da fibrose óssea varia conforme a causa, a intensidade dos sintomas e os impactos na rotina do paciente. O acompanhamento conjunto com ortopedista e, quando necessário, com endocrinologista é essencial.
Opções de manejo incluem:
- Tratar a causa de base como corrigir o hiperparatireoidismo ou repor vitamina D;
- Suplementação de cálcio e vitamina D, indicada conforme os exames;
- Cirurgias ortopédicas são recomendadas quando há deformidades importantes ou fraturas;
- A fisioterapia contribui para manter a força muscular, aliviar dores e prevenir perda funcional;
- Medicamentos específicos como os bifosfonatos, que reduzem a reabsorção óssea, em casos selecionados.
O tratamento é individualizado e deve ser
reavaliado periodicamente para garantir bons resultados a longo prazo.
E quando a fibrose óssea ocorre na infância?
Em crianças, a fibrose óssea costuma estar relacionada a
alterações genéticas, como a displasia fibrosa. Os pais devem ficar atentos a sinais como:
- Assimetria entre braços ou pernas;
- Curvaturas visíveis em ossos longos;
- Queixas de dor persistente em membros;
- Fraturas sem trauma significativo.
Nesses casos, a avaliação precoce é fundamental para evitar limitações no crescimento e deformidades progressivas.
Quais são as possíveis complicações?
Se não for acompanhada adequadamente, a fibrose óssea pode gerar consequências importantes, principalmente relacionadas à fragilidade do osso afetado.
- Fraturas frequentes;
- Dor crônica;
- Alterações posturais;
- Necessidade de intervenções cirúrgicas;
- Em raras situações, evolução para lesões mais agressivas, especialmente em displasias extensas.
Quanto mais precoce o diagnóstico e mais bem conduzido o tratamento e menores são os riscos a longo prazo.
O que esperar do prognóstico?
O prognóstico da fibrose óssea depende
da causa e da gravidade do quadro. Em situações leves e bem controladas, o paciente pode levar uma vida normal, com
acompanhamento periódico. Já em formas mais graves, o suporte médico contínuo é necessário para preservar a função e a qualidade de vida.
Com cuidados adequados, muitos pacientes convivem com a fibrose óssea de
forma estável e sem grandes limitações.
Perguntas relacionadas
O que é uma fibrose óssea?
Fibrose óssea é a substituição do tecido ósseo normal por tecido fibroso, o que enfraquece o osso e aumenta o risco de deformidades, fraturas e dor.
Quais são os sintomas da displasia óssea?
Os sintomas incluem deformidades ósseas visíveis, dor localizada, fraturas recorrentes, assimetrias corporais e, em alguns casos, limitação de movimentos.
Qual a gravidade da fibrose?
A gravidade varia conforme a causa e extensão. Casos leves podem não causar sintomas, enquanto formas mais avançadas comprometem a estrutura óssea e exigem tratamento contínuo.
A fibrose óssea tem cura?
A fibrose óssea pode ser controlada e estabilizada com o tratamento adequado. Em alguns casos, especialmente quando a causa é corrigida, os sintomas desaparecem ou são minimizados.
A fibrose óssea pode virar câncer?
Não. A fibrose óssea não é um tipo de câncer, nem evolui diretamente para doenças malignas. Porém, em casos raros, displasias complexas exigem monitoramento contínuo.
Quais são as causas da fibrose óssea?
As principais causas são distúrbios hormonais (como o hiperparatireoidismo), doenças renais crônicas, deficiência de vitamina D, displasia fibrosa e alterações genéticas.
É perigosa a fibrose?
Sim, se não for acompanhada corretamente. Pode causar fraturas, deformidades e dor crônica. Porém, com diagnóstico precoce, é possível controlar os riscos.
Quem tem fibrose pode ter uma vida normal?
Sim. Com acompanhamento médico, tratamento individualizado e medidas preventivas, muitas pessoas vivem com qualidade e mantêm suas atividades normalmente.
Existe risco de comprometimento funcional mesmo em casos sem dor?
Sim. A ausência de dor não significa ausência de risco. A fibrose pode enfraquecer o osso e causar deformidades que afetam a mobilidade e o alinhamento postural com o tempo.
A fibrose óssea pode ser confundida com osteoporose?
Sim. Ambas envolvem ossos frágeis e risco de fratura, mas têm causas, mecanismos e tratamentos diferentes. O diagnóstico por imagem e exames laboratoriais ajuda a diferenciar.
A fibrose óssea sempre precisa de cirurgia?
Não. A cirurgia é indicada apenas em casos com deformidades importantes, dor persistente ou risco de fratura. Muitas vezes, o tratamento clínico e o acompanhamento são suficientes.
Quem tem fibrose óssea pode praticar atividade física?
Sim, desde que com orientação médica. Atividades de baixo impacto, como caminhadas e fisioterapia, podem ajudar na mobilidade e na força muscular sem sobrecarregar os ossos afetados.
A fibrose óssea interfere no crescimento ósseo em crianças?
Pode interferir, especialmente se estiver presente em ossos longos ou em regiões de crescimento. O acompanhamento ortopédico é fundamental para evitar assimetrias ou encurtamentos.
O tecido fibroso pode voltar a se transformar em osso normal?
Não de forma espontânea. Uma vez instalado, o tecido fibroso tende a permanecer. O foco do tratamento é evitar a progressão e preservar a função do osso.
É possível viver bem com fibrose óssea?
Sim. Com diagnóstico precoce, tratamento direcionado e acompanhamento regular, a maioria das pessoas consegue manter uma boa qualidade de vida e evitar complicações.
Pacientes com fibrose óssea precisam de acompanhamento por toda a vida?
Na maioria dos casos, sim. Mesmo que os sintomas estejam controlados, o monitoramento periódico é importante para prevenir agravamentos e adaptar o tratamento conforme a evolução.
Qual médico trata fibrose óssea?
O ortopedista é o principal especialista no tratamento da fibrose óssea. Em casos com origem hormonal ou metabólica, o endocrinologista também deve acompanhar.
Conheça o Dr. Rafael Tinoco | Ortopedia e Oncologia Clínica
A fibrose óssea é uma condição que merece atenção, especialmente quando associada a doenças hormonais ou genéticas. Seus sintomas podem ser discretos no início, mas, quando identificada precocemente, há boas chances de controle e qualidade de vida. Se você ou alguém próximo apresenta dores ósseas persistentes, fraturas frequentes ou deformidades,
não ignore esses sinais. Procure um especialista em ortopedia para uma avaliação completa.
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Consultar um especialista maximiza as chances de um cuidado médico de excelência,
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O Dr. Rafael Tinoco é um
ortopedista e oncologista ortopédico dedicado a oferecer um atendimento humanizado e personalizado. Formado em Medicina pela Universidade Estácio de Sá, ele possui especialização em Oncologia Ortopédica pelo Hospital das Clínicas da USP e Instituto do Câncer de São Paulo. O doutor preza pela qualidade de vida dos pacientes, focando em tratamentos individualizados e de alta complexidade.
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